Quando a queda de cabelo passa a ser um caso médico? Conheça os tipos de alopecia e saiba quando você deve ver um dermatologista

Quem tem ou já teve queda de cabelo sabe como pode ser uma situação bem desagradável. Você cuida tão bem dos seus fios, passa vários produtos e mesmo assim eles insistem em cair. 

Casos como esse não são tão raros assim. Mas, dependendo da situação, podem indicar um problema maior. A boa notícia é que existem tratamentos para evitar a queda e recuperar a saúde dos seus cabelos. 

Mas como saber se o seu caso precisa de ajuda profissional? É isso que você vai descobrir nesse texto. 

Principais causas da queda de cabelo

A queda de cabelo não é um problema muito raro: de acordo com dados da Associação Brasileira de Cirurgia de Restauração Capilar, cerca de 25% das mulheres entre 35 e 40 anos é afetada. Acima dessa idade a ocorrência é ainda maior, chegando a 50% – nos homens o índice é ainda maior, podendo alcançar até 80%.

Também é importante saber que perder alguns fios nem sempre indica uma doença. Nosso cabelo renasce e se renova todos os dias. Seu ciclo de crescimento se divide em três fases: anágena (quando ocorre o crescimento), catágena (no qual o fio morre) e telógena (quando o fio morto cai e dá lugar a um novo fio). Perder até 100 fios por dia é perfeitamente normal.

Mas se o volume de queda for maior do que esse, é hora de consultar um dermatologista. Existe mais de um tipo de queda de cabelo e você pode estar sofrendo de um deles. 

Tipos de queda de cabelo e principais causas

O nome científico da queda de cabelo é alopecia. Ela pode ter várias causas e tipos diferentes. De acordo com a Academia Americana de Dermatologia (AAD) os quatro principais são:

Queda de cabelo em pacientes de Covid-19

Muitos pacientes que tiveram Covid-19 experimentaram uma queda de cabelo intensa algum tempo depois. Trata-se de um caso de eflúvio telógeno. Assim como outras doenças febris, o Covid-19 causa um aumento dos fios na fase telógena, do ciclo capilar, que é a fase da queda. A condição não é grave e deve se resolver espontaneamente cerca de três meses depois. Procure um dermatologista para avaliar seu caso. 

Principais tratamentos para queda de cabelo

Existem diferentes tipos de tratamentos para a queda de cabelo, que variam de acordo com a causa e o caso particular de cada paciente. Por isso, assim que você perceber um aumento no volume de fios perdidos por dia, deve procurar um dermatologista.

O tratamento para a alopecia androgenética normalmente utiliza medicamentos tópicos, como soluções de minoxidil, e orais, como a finasterida. Também podem ser receitados antiandrógenos sistêmicos, como a espironolactona.

Para a alopecia areata, o tratamento costuma ser feito com corticoides tópicos ou injetáveis e a aplicação de produtos químicos como a antralina no couro cabeludo. Em casos mais graves, pode ser receitado metotrexato por via oral.

Na alopecia cicatricial, para os fios que ainda não sofreram destruição, é possível fazer o tratamento com aplicação de medicamentos no local e tratamento oral, para evitar o avanço da doença.

Já no eflúvio telógeno, a queda de cabelo termina espontaneamente com o passar do tempo, que costuma ser de três a seis meses. Se o problema continuar, é preciso fazer uma consulta para investigar o que está causando a perda dos fios. 

Como você pode ver, por mais que a queda de cabelo seja um problema bastante impactante, que afeta nossa saúde e também a autoestima, existem alternativas de tratamento que podem reverter a situação.

Nesses casos, tão importante quanto diagnosticar o tipo de alopecia é avaliar as condições individuais de cada paciente. Por isso, se você estiver com um problema de queda de fios, lembre-se: marque uma consulta com um dermatologista. 

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